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Sã loucura

Nos momentos de fragilidade
Ela perdeu-se e ficou oca…
Do vazio dela cresceu a revolta dele.
Lutando um contra o outro
Cada vez mais distantes e ausentes.
Numa guerra sem vencedores nem vencidos
Alimentada pela raiva teimosa,
Pela fúria que cresce desmedida…
Palavras amargas e dolentes são ditas.
Ameaçam quebrar o fio ténue que ainda os une,
Mas não arredam pé… sem se darem conta disso.
E num momento de sã loucura
Permitem-se apenas sentir
Libertam-se e extravasam a raiva em desejo…
Deixam de se atacar para se devorar,
Apenas instintos animais e selváticos os guiam!
Satisfazem essa fome voraz vezes sem conta
E tombam saciados num deleitoso sorriso de felicidade.

Palhaço

Sou palhaço triste

Sou palhaço pobre,

Sou palhaço rico…

Afinal sou apenas um bobo simplório,

Que mesmo triste anseia por ver sorrisos

Que mesmo pobre dá tudo o que tem

Que não sabe ser rico… mas apenas um bobo simplório!

Calço os meus sapatões e neles guardo as desilusões

Pinto a cara com as cores das minhas emoções

E com a alegria dos outros me contagio.

Nos bolsos rotos guardo as palavras feias,

Nas mãos abertas o perdão!

Sou apenas um palhacito sem graça

Que se ri da sua falta de jeito para a vida

E enche de mágoas, desejos e sonhos centenas de balões!

Bem vindos

Hoje começa uma nova etapa!