Ela perdeu-se e ficou oca…
Do vazio dela cresceu a revolta dele.
Lutando um contra o outro
Cada vez mais distantes e ausentes.
Numa guerra sem vencedores nem vencidos
Alimentada pela raiva teimosa,
Pela fúria que cresce desmedida…
Palavras amargas e dolentes são ditas.
Ameaçam quebrar o fio ténue que ainda os une,
Mas não arredam pé… sem se darem conta disso.
E num momento de sã loucura
Permitem-se apenas sentir
Libertam-se e extravasam a raiva em desejo…
Deixam de se atacar para se devorar,
Apenas instintos animais e selváticos os guiam!
Satisfazem essa fome voraz vezes sem conta
E tombam saciados num deleitoso sorriso de felicidade.